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O projeto PedalEco Brasil surgiu da vontade de simplesmente viajar, e com o passar do tempo a idéia foi se aprimorando, até se tornar um projeto de Educação Ambiental. Temos como objetivo compartilhar com as Comunidades Litorâneas conhecimentos que proporcionem uma melhor qualidade de vida e uma maior consciência ambiental, rumo à sustentabilidade.
PedalEco Brasil:
Consciência Ambiental e Qualidade de Vida em Comunidades Costeiras
Introdução
São muitos os problemas enfrentados pelas comunidades costeiras atualmente. O avanço das cidades, a atividade pesqueira em grande escala, a poluição de rios e estuários contribuíram para que o ecossistema onde essas comunidades fazem parte, se modificasse de tal forma a modificar também seu modo de vida.
O abastecimento de água, o escoamento de esgoto, e a destinação do lixo produzido, não estão estruturados de forma a suster as comunidades. Podendo ocorrer escassez de água, contaminação dos córregos e poços artesianos em um futuro próximo.
Depressão, desesperança, alcoolismo, abuso de drogas, desnutrição são alguns dos sintomas desse quadro. Nativos vivendo em um ambiente degradado, perdendo sua cultura e sua identidade.
Muitos estudos já foram feitos a respeito das comunidades costeiras, já foi detectada sua fragilidade, passemos agora à “mão-na-massa”. É disso que esse projeto trata.
Um dos problemas detectados em estudos a respeito das condições sócio-econômicas das comunidades costeiras, é o não tratamento dos efluentes, que são despejados em fossas simples ou direto no mar, contaminando, muitas vezes a própria água que bebem ou onde pescam. Uma instalação simples e barata, como a construção de uma fossa séptica interligada a um sistema de tratamento por raízes pode resolver o problema. Falta apenas informação para que essa situação seja, pelo menos, amenizada.
Outra grande questão a ser enfrentada é a questão do lixo, grandes quantidades de lixo despejadas sem qualquer critério ao redor das suas moradias, esse é o quadro cruel na maioria das comunidades. Faz-se de maior importância ensinar a essas populações o risco de doenças, acidentes e contaminação que esse lixo traz. Além de, é claro, mostrar soluções para que o problema se resolva.
Um grande impasse, não apenas para as comunidades costeiras, mas para toda a população mundial é a eminente escassez de água, muitos já sofrem desse mal. A falta de água pode ser amenizada com a coleta da água da chuva e isso é uma informação que deve ser disseminada.
Com o ambiente degradado as costumeiras formas de geração de renda dos nativos vêm sendo prejudicadas. A atividade pesqueira em grande escala e a poluição denigrem a pesca artesanal de subsistência. Muitos povos nativos estão localizados em áreas de proteção ambiental, o que os impedem de exercerem suas práticas antigas de subsistência, como a caça e a extração de recursos da mata. Formas alternativas de geração de renda amenizam esse impasse.
Esses são apenas alguns dos exemplos de como e onde queremos atuar com nosso projeto.
Desde a década de 1970, a consciência ambiental vem aumentando, ganhando suporte político e leis adequadas, mostrando sua evidente importância para alterar o quadro atual de deterioração do ambiente. A partir desta mesma época, encontros mundiais sobre questões ambientais mostraram a necessidade de uma abordagem interdisciplinar para se conhecer e compreender o ambiente por parte da sociedade como um todo. Entretanto, a consciência ambiental não deve ser encarada como objetivo único ou principal da educação ambiental, pois a mesma não garante a ação transformadora dos indivíduos e, por conseguinte, da sociedade.
Para que a educação ambiental se concretize, é necessário que conhecimentos e habilidades sejam incorporados, mas principalmente, atitudes sejam materializadas a partir de uma base ética e com justiça social, para então partirmos para a ação. Consciência ambiental sem ação transformadora tende a manter a sociedade tal qual ela se encontra.
Conforme a Lei Federal nº 9.795, de 1999, que dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental:
Art. 4º São princípios básicos da educação ambiental:
I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;
IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais;
VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.
Art. 5º São objetivos fundamentais da educação ambiental:
II - a garantia de democratização das informações ambientais; III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social;
IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;
Este projeto também está embasado no Artigo 13 da mesma Lei nº 9795.
Art. 13 – Entende-se por Educação Ambiental não-formal as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.
Objetivos Gerais
- Ensinar técnicas alternativas às comunidades litorâneas que amenizem seus problemas com esgoto, lixo e água, dando-lhes uma maior consciência ambiental;
-Ensinar formas alternativas de geração de renda e reaproveitamento de lixo;
- Desenvolver atividades lúdico – ambientais com crianças de comunidades.
- Compartilhar com as comunidades, na forma de mutirão, técnicas sobre construção de:
· Banheiro seco móvel e fixo;
· Círculo de bananeiras;
· Composteira;
· Coleta da água da chuva;
· Separador das primeiras águas da chuva;
· Galinheiro móvel;
· Horta mandala;
· Espiral de ervas;
· Minhocário;
· Viveiros de mudas;
· Aquecedor de água solar;
· Fornos solares;
· Fornos de argila
- Ensinar às comunidades formas de artesanato alternativo como forma de geração de renda:
· Velas de Areia;
· Móveis de garrafas PET;
· Pífanos de bambu;
· Pulseiras de macramê;
· Carteiras de Tetra Pak
Metodologia
O projeto PedalEco Brasil faz parte de uma viagem que está sendo feita de bicicleta ao longo da costa brasileira. Desde o Chuí (RS) ao Oiapoque (AP), a fonte de renda para a viagem está sendo no momento proveniente da venda do artesanato, o que às vezes nos impede de abranger mais locais de atuação.
Não há um roteiro estritamente formulado, nem datas pré-definidas. As comunidades serão encontradas e escolhidas ao longo da viagem de acordo com a facilidade de contato com os nativos, disponibilidade de acesso às comunidades, assim como a existência ou não de renda. Outros fatores que podem surgir no momento indicarão que ação será conveniente em cada situação.
Por ser um projeto de caráter extremamente maleável, a metodologia com a qual vamos desenvolver esse projeto irá se criando através das experiências passadas e será adaptada à realidade de cada situação.
Temos conosco um pacote de técnicas alternativas que promovem uma melhor qualidade de vida e uma maior consciência ambiental. Essas técnicas advém de um conjunto de conhecimentos obtidos através de cursos, práticas e muita pesquisa. Eles incluem tecnologias modernas e também ancestrais, coletadas de diversas áreas do conhecimento como a permacultura, bioconstrução, bioarquitetura, agricultura orgânica entre outros.
No geral, em cada comunidade será definido em conjunto o que é mais necessário para o momento, conforme a situação real do local. Para isso é preciso a participação efetiva da comunidade, é ela que conhece suas necessidades emergenciais. O ideal do projeto é que seja decidido pela comunidade se há o interesse e também o que se quer aprender.
Os locais onde iremos atuar irão surgindo conforme as conexões com movimentos (ONG’s, escolas, Associação de Moradores, prefeituras, etc.) já existentes se formarem. Sabemos que leva tempo para adquirir a confiança dos nativos, e como nosso projeto tem um caráter extremamente pontual precisamos de “pontes de ligação” com a comunidade, pessoas que já estejam com algum trabalho em andamento e que vão garantir a continuidade do processo.
Os caminhos trilhados serão a nós mostrados de maneiras diversas, encontros, desencontros, amigos, contatos, surpresas ou até às vezes desapontamentos. O tempo que iremos ficar em cada local irá depender também de uma infinidade de fatores desconhecidos que nos impede de estimar um número X de dias.
É necessário esclarecer que nenhuma de nossas ações será feita sem a participação efetiva da comunidade, as técnicas serão repassadas na forma de mutirão/oficina, juntos discutiremos também que tipo de mudanças nos hábitos serão necessárias para o melhor aproveitamento da benfeitoria construída. A concordância de que estas mudanças serão aceitas deve ser unânime para um bom resultado.
Todas as construções serão feitas por um mutirão de homens, mulheres e crianças da comunidade, todos trabalhando e aprendendo juntos. Serão feitos quantos mutirões forem necessários, todos acompanhados de exercícios de alongamento e concentração.
Essas benfeitorias serão construídas preferencialmente em lugares de uso público. Para que os interessados repitam a construção em suas casas, serão deixados nas comunidades materiais impressos com o passo-a-passo da construção e da manutenção dessas benfeitorias.
Financeiro
Como já dissemos anteriormente, nossa fonte de renda é por enquanto proveniente da venda do artesanato. Porém para futuros possíveis patrocínios descrevemos aqui uma média dos nossos gastos.
Comida: R$ 300 mensais.
Manutenção de bicicletas (eventual): R$ 100 mensais.
Alojamentos (eventual): R$ 100 mensais.
Total R$ 500 mensais.
3 comentários:
E agora, p/ onde vão? Bjs.
Mada
Oi Clé! Oi Debora! Finalmente conseguimos dar um alô p vcs aki!
Semana passada tentei mas nao estava abrindo!:(
Estamos acompanhando tudo por aki, felizes por estar tudo certo mas tbm preocupados com esse clima frio q vcs estão pegando!! Tomara q nos proximos dias o clima fique mais ameno...
A mãe manda um beijão, as crianças tbm... ja stão confundindo o tio Clé com o tio Heverton! As vezes perguntam de um pensando no outro!! Hehehehe
Saudades! Se cuidem!
Beijos!!!!
Cintya
Clé! Já estava esquecendo! Dá uma ligada aki em casa q a mãe precisa falar c vc sobre uma correspondência.
Bjooo
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