28/12/2006

A Lara

A maioria das pessoas que conhece a nossa história diz que somos loucos de levar a Lara. Alguns dos que estão lendo isso podem estar pensando exatamente a mesma coisa. Portanto vou esclarecer alguns pontos.

Nossa idéia inicial é começar a pedalar em Rio Grande – RS e subir pelo litoral brasileiro. A primeira etapa da viagem será um teste de como a Lara vai reagir. Vamos observar seu peso, seu pêlo, seu cocô e principalmente sua alegria (ela é uma cachorra muito alegre). Se chagando na altura de Curitiba vermos que realmente não dá, deixamos ela com os pais do Clé, que já se ofereceram, ao que somos gratos. Sabemos que lá ela vai ser tratada muito bem e vai haver crianças para ela brincar.

É óbvio que não vamos fazê-la andar, estamos construindo um carrinho para levar ela puxada atrás, só apreciando a paisagem e pegando um ventinho, livre para descer e fazer um xixizinho ou cheirar um irmão quando quiser. Além disso ela é super companheira e muito inteligente, aprende as coisas facilmente, ela é desconfiada com estranhos e cuida da nós.

Hoje foi um dia genial, muita coisa aconteceu, o carrinho da Lara está ficando pronto. O pai do Clé está dando a maior força. Valeu Celito!!!!

Como não temos patrocínio nossa fonte de renda será o artesanato, mais especificamente dreads de lã, também chamado de tererê, que é como chamo. Eu aprendi a fazer com minha amiga Helena e já viajei assim, tem como, é apertado, mas dá.

O Clé teve algumas aulas ontem e hoje, e especificamente nesse momento está treinando a técnica em mim. Quero ver se encho a cabeça toda, afinal, os clientes precisam de um mostruário, hehehe.

Hoje também ligaram duas pessoas interessadas em nossa cama de casal, vamos ter que dormir no colchão inflável por uns tempos. Amanhã vamos para a Ilha do Mel, queremos passar a virada lá e dar uma reanimada na mandiga de artesão de rua.

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